Review: O Orfanato

O Orfanato

Numa época em que o cinema de terror, basicamente, sobrevive de continuações e remakes, uma produção espanhola revitaliza e dribla todos os clichês do gênero de forma espetacular e perturbadora.

O Orfanato, produzido por Guillermo del Toro (de O Labirinto do Fauno), conta com elementos característicos do gênero. Temos a casa mal assombrada (o orfanato), uma criança com amigos imaginários, memórias de infância, contato com os mortos e uma mãe desesperada em busca de seu filho desaparecido – guiados por um roteiro esperto, trilha sonora assustadora e edição precisa.

A estréia de Juan Antonio Bayona na direção é controlada em cada take assustador, com atuações surpreendentes de Belén Rueda (de Mar Adentro) e Geraldine Chaplin (de Doutor Jivago), provocando tensão até mesmo em espectadores que não se assustam facilmente.

Enquanto o cinema terror norte-americano encontra-se desorientado e escasso de originalidade, uma leva de cineastas hispânicos entregam um brilho renovador ao gênero.

O Orfanato (El Orfanato, México / Espanha, 2007)
Direção: Juan Antonio Bayona
Com: Belén Rueda, Fernando Cayo, Roger Príncep, Geraldine Chaplin. 110 min.